quarta-feira, 17 de novembro de 2010

(Des)escrever emoções...

Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-Tac, num movimento quase imperceptível o relógio não se precepita no avanço das horas... «tic...» dos minutos...«tac...» dos segundos...«tic...» dos milésimos de segundo «tac...», enfim de cada fracção de tempo infima de tempo, que se equivale a eternidade que esperei por ti, desde o dia em que nasci... re-inventaste-me, re-inventaste a minha concepção de paixão... escreves-te no meu coração a ferro e fogo que me amas.... e isso, não mais se apagará...
Quando fecho os olhos e adormeço..... la estas tu sempre com o mesmo vestido cintilante, de um branco púrpura que se confunde com a luz imensa que se projecta por detrás de ti, ........ sim.... acordo... e torno a adormeçer, desta vez sim consigo ver-te e defenir os teus contornos, pus a minha mão á frente dos olhos, para que essa brancura não me ofuscasse a ténue visão que tinha de ti.... não queria acordar mais uma manhã, pensando que estaría a alucinar....
Sei que vou estar aí.... sim, aí mesmo mesmo desse teu lado, do lado do teu coração... beijando-te carinhosamente o ombro... depois o pescoço.....a face...... acabando por arder nos teus lábios.... e por fim morrendo nos teus braços.... no fundo foi sempre assim que quis estar, perdidamente apaixonado...
Ás vezes consigo relembrar num mumúrio trasido pelo vento, as palavras doces que o teu olhar me dizia, penso encontrar numa leve brisa o aroma dos teus cabelos...
Mas de súbito como tudo que é humano, a fórmula quimica da imaginação complica-se e eu deixo de perceber... o que faço, e do que me alimento.... tenho medos.... e o maior é o de me voltar a desiludir.... não me quero iludir.... demais....só um pouco... tenho medo do vazio em que possa eventualmente poder vir a cair.... e como tal como ser pequeno e humano que sou limito-me a aceitar de bom grado tudo o que cada segundo contigo tem para me oferecer... vou expremer esse sumo até não poder mais, não descolar de ti nem por um instante sequer, olha bem para mim e diz-me o que vês.... por certo, verás que não concigo ver mais nada nem ninguém...
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-Tac, ............... e nasce um novo dia, mas eu vou lutar para que um dia.... o dia de amanhã seja sempre contigo... erguer-me de novo... e olhar-te nos olhos.... dizer apenas....«Vem Comigo... vamos dormir», e perder de vista o despertar de respirações ofegantes de te ver.... e não te ter como habitante da almofada mais proxima...
No fundo será isto sempre isto, poderia viajar pelo cosmos e preenche-lo de páginas e páginas de poesia...
inscreveria no céu um novo alfabeto de paixões intermináveis que só tu entenderias, deslisaria pelo arco-íris como uma criança apaixonada que brinca num escorrega.... pôr os pés no chão dessa viagem de sonho, abraçar-te e dizer-te todos os dias a mesma palavrinha tão pequenina mas que faz toda a diferença...
com toda a naturalidade e simplicidade que se exige.... AMO-TE