domingo, 19 de setembro de 2010

Almofadas e Sonhos de veludo





Sim tenho andado perdido por aí, pensando...... não quero pensar mais..... os meus passos são mais lentos do que os das outras pessoas que circulam no passeio, por entre o agitar dos guarda-chuvas que se agitam numa pressa de quem corre em busca de um abrigo, a chuva escorre já pelos meus olhos, o meu cabelo abatido e desfiado pelos pingos que abruptamente caem sobre mim, uma vez ou outra alguém me olha e percebe o que se passa, mas é uma rara excepção... a que não fico indiferente e com ar ligeiro, solto um «muito obrigado» pela compreensão..... é dificíl por vezes compreender-me a mim próprio...
Imagino-me e sonho-me junto de ti, não tenho sentido o toque que é tudo para quem está perto... o toque a que só damos valor quando não podemos tocar, esse «ter» a que só damos valor quando não o temos...
Quero sentir-te porque já passaram mil anos sob o nosso encontro.... as vezes arrisco divagar pelas luzes nocturnas do trânsito, pensando encontrar-te ao virar de uma esquina, não nunca calhou encontrar-te... por aí.... e acabo sempre pensativo num banco de beira de estrada, abraçado pelo escuro, com os sinais sonoros dos somáforos de fundo.... enternecido pelo abraço que te daria se estivesse contigo, um abraço do tamanho do mundo, sonho-me contigo quero ter-te, estou certo e nunca tive tanta certeza de nada na minha vida, nada nunca me afastará de ti...
Tenho olhado muito o vazio, um vazio que poucos conhecem, ém um vazio lindo esse que olho por vezes... é lindo porque te consigo ver em traços muito firmes... e encostas sempre a tua mão na minha face e beijas-me com muita ternura...., e acabo sempre por despertar com alguém a tentar falar para mim... e é aí que subo á superficíe dos meu pensamentos mais profundos....... não consigo pensar, falar e escrever sobre algo mais banal... imagino-me em várias situações contigo, só queria passar alguns minutos perto de quem quero... que me fizesses voar por instantes.... ser feliz e morrer logo que o sol se pusesse outra vez.... e assim sussecivamente, sofrendo sempre por ser feliz por instantes.... nunca pensei que este amor se torna-se nisto, um sentimento que pensei já ter descuberto há algum tempo.... mas não como este, juro este é diferente.... como que se uma parte oculta dele apenas se revela-se só agora na minha vida, e por ti....
Acho-te um motivo suficientemente sensato para te amar... anseio muito o teu olhar apaixonado...

domingo, 5 de setembro de 2010

Olha-me nos olhos


Volta

Foi um tempo lindo
Que ainda não passou,
Foram momentos que jamais passarão...
Ainda bem que conseguimos
Viver um após o outro.
Foi sempre assim...

Penetrando no seu mundo,
Lentamente, gradualmente e progressivamente
Apenas acomodando meu universo junto ao teu.
Quem viveu esses momentos entenderá...

Foi demorada a tua ausência, meu grande amor.
Transcendeste os portais da imortalidade
Te aguardei fiel, com velada ansiedade
Tu preenches a minha alma de saudade

Ao retornares trazes odes estelares
Sonhos, amores, nuances e loucuras
Como sofri na tua ausência – podes tu saber?
Vem, conta-me tuas fantasias, dá-me teus lábios

Farás morada outra vez nestas paragens?
Ou só matarás minha sede e agonia, por agora
Derramarás aos meus pés tuas roupagens,

E ficarás, eu sei, até o raiar do dia!
Não te despeças…
Não partas assim que eu adormeçer
Não quero de novo sofrer, quando te vir partir

São momentos mágicos, em que me dou
Onde aprendemos a perdoar
Fechar os olhos e imaginar!
Que é nos teus braços que vou ficar...
Para sempre...

Texto por: Pedro Maia