segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Avatar


«OK, que raio de sequência de imagens é esta, perguntam vocês.... AVATAR - experiência 3D - post no blog... é mais ou menos isso lol...»
E com este golpe de génio James Cameron passa a ser um dos meus Realizador\Argumentista preferidos, atá aqui considerava eu muito preso a acontecimentos históricos "Titanic"- 1997
ou a dar continuação a sequelas já existentes como "Terminator 3", enfim... não morri de amores por estes dois filmes, mas nada faria prever um filme tão fabuloso que chega neste final de 2009 e deverá pelo menos ganhar o oscar de melhores efeitos especiais, é uma previsão que faço veremos se tenho razão....
Sem dúvida a mais apaixonante experiência que tive numa sala de cinema, os efeitos 3D são fantásticos, fez-me mergulhar nos cenários, e poder tocar nas personagens...
O que desde logo me prendeu ao filme foi o tema da ecologia, prezervação da natureza, no filme o planeta Pandora é constituido por uma complexa rede de ligações entre todos os elementos da natureza, como se a energia fluisse através de tudo o que era orgânico, gostei muito dessa visão, porque sempre parti do princípio que tudo o que é vivo sente dor, quanto mais não seja a dor de ver um ecosistema desequilibrado.
Achei o argumento algo previsível, mas devo ser eu com a mania de que adivinho sempre mais ou menos o que se vai passar, lembro-me das previsões que fiz ao intervalo em tom de brincadeira, mas acertei em cheio, «Ele vai montar um dos grandes, e vai ser o lider dos Na' Vi, na guerra contra os agressores»
Cada vez que penso na discussão que tive quando perguntei se alguèm mais queria vir comigo ver o filme, responderam-me que não «depois saco da net!!!!!» ,
apos ver o filme senti-me feliz porque é impossivel viver este filme de outra maneira tão intensa senão no cinema... fiquei colado ao ecrân o tempo todo.....
adorei e se quiserem disfrutar na totalidade deste filme magnífico desculpem lá mas tem de ser no cinema.... disfrutem amigos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ;)

domingo, 20 de dezembro de 2009

The Temper Trap - Sweet Desposition

"a moment, a love

a dream, a laugh

a kiss, a cry

our rights, our wrongs

a moment, a love

a dream, a laugh

a moment, a love

a dream, a laugh"



The Temper Trap - Sweet Desposition

Não tenho palavras para descrever o sentimento que senti ao ouvir esta musica , foi amor á primeira...... sim eu consigo dizer amo-te, através de uma musica, gosto muito de ti, sinto-me bem, estou a sorrir, estou a sonhar, estou a dançar, estou a chorar, estou a pensar, estou a sentir, estou apaixonado, movo-me por gestos suaves, sensações visuais criam conforto de me imaginar levantar voo nos teus olhos, um desejo que não para de crescer, e me corta a respiração, fazes-me bem e quero que nunca me faltes, um momento, um amor, um sonho um sorriso, um beijo, uma lágrima, os nossos acertos, os nossos erros, esperara aí por mim, estou a chegar.....

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Memorial do Amor

Na rotina citadina, por entre o trânsito matinal na pacata praça da cidade onde vivo, um insuspeito movimento pendular prendeu-me o olhar, vi um pobre homem descrevendo tragectórias errantes, mas de uma geometria intrigante, aquele pobre homem movia-se em contratempo... uma perturbação tão forte, que era realçada ainda mais pelo olhar de estranheza e descriminação de quem passava...
Ligeiramente postrado para a frente, com uma mão no bolso do casaco, e a outra servindo de suporte ao cigarro freneticamente consumido por aquele comportamento desviante..
"Foi um desgosto de amor..." ouvi uma voz exclamando.
A partir daquele instante vi-o com outro olhar, um olhar de dislumbre.... aquele homem de semblante carregado que se arrastava agarrado á memória que restava da sua mulher, tinha um dia sentido o que foi amar em plenitude....
No dia seguinte á mesma hora, no mesmo local, os mesmos gestos, a mesma expressão, o mesmo semblante, as mesmas trajectórias, e no dia seguinte também, e no outro, e no outro...
Dia a dia aquele homem foi contruíndo o seu próprio memorial do amor, não é um memorial de pedra, mas de algo que viverá para sempre com ele, para que enquanto ele exista, nos lembremos todos do perigo que corremos ao perder de vista o nosso amor, porque embora amar seja bom se ouver no fundo de um de nós alguma solidão, essa solidão só existe para dar mais chama a um reencontro, e que será sempre essa a ordem natural das coisas....

(Esta história é real, e baseada numa prespicaz observação da realidade que me rodeia)

Ornatos Violeta

CHAGA

Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim

Diz sem querer poupar meu corpo
Eu já não sei quem te abraçou
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu
Quando eu cair
Eu espero ao menos que olhes para trás
Diz que não te afastas de algo que é também teu
Não vai haver um novo amor
Tão capaz e tão maior
Para mim será melhor assim
Vê como eu quero
E vou tentar
Sem matar o nosso amor
Não achar que o mundo é feito para nós

Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim


Letra: Manel Cruz/Musica: Peixe

terça-feira, 1 de setembro de 2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A musica na minha vida....



Todos os dias para mim são música, como um pensamento constante... forma de estar, paixão, melodia da razão, que a própria razão desconhece.
Sempre achei que há algo de inexplicável envolta da música, que ninguém soube explicar até hoje, quando um dia li uma frase de Marcel Proust: «A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido - se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias - a comunicação das almas.», fez-se alguma luz nos meus pensamentos...
A música abrange tudo o que é vago e incomunicável e transmite-o de forma sublime, acredito nela como complemento essencial, sem dúvida que a música começa onde acaba a fala.....
por isso nos sabe tão bem permanecer calados enquanto a escutamos.... porque na música o próprio silencio tem ritmo.... e o meu espírito dança ao som do seu silêncio......

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Avó


Hoje que toda a tristeza do mundo se concentra em mim, quero ficar infinitamente triste, deste-me o ser, deste-me o meu mundo, sou barro doçemente esculpido por ti,
sinto-me perdido, e cada vez mais a vida passa por mim a uma velocidade vertiginosa, sem eu poder fazer nada, come se uma parte de mim estivesse convencida de que tudo que fiz basta...
Quero que os rios sequem e o mar se escoe, que todas as florestas ardam, que todas as pontes que nos unem caiam, quero que o mundo perca a côr, quero fechar os olhos e ficar a olhar o vazio para sempre, até que as lágrimas me escorram.
Todos os dias na vivacidade da tua rotina, como se nada se tivesse passado...
Sinto que perdi o mundo, desejo ter-te de volta o mais próximo daquilo que éras...
Estou a perder os meus alicerces, não vás ainda porque tenho medo amor que as minhas bases não estejam ainda suficientemente fortes para passar sem ti, dá-me um sinal, mostra-me onde irei buscar as forças para aguentar a tua perda, ainda não te perdi, não desisti de ti....
AMO-TE AMO-TE AMO-TE AMO-TE, bem sabes a dificuldade que sempre tive em dizer esta palavra, sabes que é tão valiosa... quando estava alí sozinho contigo e as lágrimas me escorreram ao ver-te tão diferente, os beijos que te dei ainda te levaram a reagir
Acorda por favor, diz o meu nome, dá-me mais algum tempo, pede mais algum tempo ao teu Deus, porque caso contrário não sei se me aguento... nenhum outro neto aprendeu tanto contigo e com o avô, quanto eu, adoro-vos, amar-vos-ei eternamente....
Agora vou vaguear, deambular, quedar-me num banco de jardim pela noite dentro, tendo-te constantemente no pensamento, tenho muito para chorar...
Avó amo-te, perdoa-me...

domingo, 5 de julho de 2009

Esquissos do passado...


Antes... muito antes, de perceberes que existias, pensaste que todos eram iguais a ti, do mesmo género, do mesmo sexo, não havia diferenças, nem indiferenças, juntos formava-mos uma única impressão digital, qual código genético qual X&Y.
As moléculas que conhecía-mos, eram as quandidades enormes de Legos com que contruía-mos majistosos castelos de nada, e ao fim do dia quando chegava-mos ao fundo do beco, os nossos dedos desenterlaçavam-se, num até já que demorava uma eternidade...
Todos os dias o mundo inteiro para descobrir, "sei de um quintal onde há uma cerejeira carregada", num ápice pulámos cercas, saltámos muros como se não houvesse amanhã, nem mesmo a imponente muralha da China nos poderia deter...
Sentados e encostados no sopé daquela montanha a que chamavam árvore, acabámos por adormecer no conforto da sua sombra...
Acordá-mos com a brisa fria do fim da tarde, fomos caminhando por entre os campos de aveia que se estendiam num verde imenso que se erguia ao nível dos nossos olhos...

Quando saímos daquele mar verde, deparámo-nos com um velho casébre abandonado, onde trepadeiras milenares se alimentavam em formas esculpidas pelo martírio da solidão,
um cenário horrendo que me impediu de avançar, fiquei estático, tinha acabado de conhecer o medo em mim, senti o teu peito avolumar-se num impulso de coragem, quiseste entrar, correste tão rápido que fiquei sem reacçao, apenas vi o teu vestido branco ser engolido pela escuridão que estava para lá daquela porta... a mesma escuridao que eu temia, era cada vaz mais fim de tarde e o sol começava a fraquejar.
O silêncio de não te ter a meu lado, e o cantar agitado dos pássaros, fez-me avançar como se te fosse salvar, chamei não respondeste, ao passar o limiar da porta vi-te postrada... de medo, a flôr colorida que trazias na mão perdeu-se no chão do casébre por entre as folhas secas e estaladiças trazidas pelo vento.
Absorvi parte do vazio que te prenchia, naquele dia as emoções foram diferentes, naquele dia as emoções deixaram de ser adolescentes, pois tínha-mos encontrado a raíz do medo...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um Lugar que me diz muito...



TIAGO BETTENCOURT
o lugar

Já é noite e o frio
Está em tudo que se vê
Lá fora ninguém sabe
Que por dentro há vazio
Porque em todos há um espaço
Que por medo não cedeu
Onde a ilusão se esquece
Do que o medo não previu

Já é noite e o chão
É mais terra p'ra nascer
A água vai escorrendo
Entre as mãos a percorrer
Todo o espaço entre a sombra
Entre o espaço que restou
Para refazer a vida
No que o medo não matou

Mas onde tudo morre tudo pode renascer

Em ti vejo o tempo que passou
Vejo o sangue que correu
Vejo a força que moveu
Quando tudo parou em ti
A tempestade que não há em ti
Arrastando para o teu lugar
E é em ti que vou ficar

Já é dia e a sombra
Está em tudo o que se ve
Lá fora ninguém sabe
O que a luz pode fazer
Porque a noite foi tão fria
Que não soube acordar
A noite foi tão dura
E difícil de sarar

Mas onde tudo morre tudo pode renascer

Em ti vejo o tempo que passou
Vejo o sangue que correu
Vejo a força que moveu
Quando tudo parou em ti
A tempestade que não há em ti
Arrastando para o teu lugar
E é em ti que vou ficar

Mas eu descobri a casa onde posso adormecer
Eu já desvendei o mundo e o tempo de perder
Aqui tudo é mais forte e há mais cor no céu maior
Aqui tudo é tão novo tudo pode ser amor

Mas onde tudo morre tudo volta a nascer

Em ti vejo o tempo que passou
Vejo o sangue que correu
Vejo a força que moveu
Quando tudo parou em ti
A tempestade que não há em ti
Arrastando para o teu lugar
E é em ti que vou ficar

Já é dia e a luz
Está em tudo o que se vê
Cá dentro não se ouve
O que lá fora faz chover
Na cidade que há em ti
Encontrei o meu lugar
É em ti que vou ficar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Centro Cultural de Ílhavo

Venho por este meio, como jovem ilhavense congratular-me com o surgimento desta infra-estrutura que visa inscrever Ílhavo no panorama cultural nacional.
Finalmente Ílhavo esta a começar a ter tanta relevância no cartaz cultural como outras cidades vizinhas como Estarreja, Sta Maria da feira e Aveiro entre outras, ainda que em minha opinião, seja o edifício certo no local errado, o edifício está muito bem arquitectado e acústicamente bem estudado, como já tive várias vezes a oportunidade de constatar
É também de louvar a ausência de barreiras arquitectónicas existindo rampas de acesso e elevadores ao auditório, WC, sala de exposições, área técnica e de palco e área administrativa.
O C.C.I. assume-se com um carácter multifacetado virado para várias áreas da cultura como exposições de fotografia e pintura, concertos de vários estilos e para todas as idades, exibição de filmes, e naturalmente também, o teatro.
Pelo palco do centro cultural já passaram nomes como Jacinta, Deolinda, Maria de Medeiros, Maria João e Mário Laginha, Paulo Furtado(The Legendary Tiger Man), Dianne Reeves, Rita Red Shoes, entre muitos outros, a este naipe de luxo falta na minha opinião um pouco mais de arrojo, enveredando por caminhos um pouco mais alternativos, mas também acredito que isso virá com o tempo.
Ao director artístico e a todos os colaboradores do C.C.I. um grande bem-haja pelo trabalho desenvolvido até aqui.

domingo, 14 de junho de 2009

Sigur ros - Agaetis byrjun


Espiral de emoções

Vi-te num olhar fugaz, a tua imagem no piscar de um néon num jogo de espectros multicolor,
não sei se eras tu..... se fosses dizias-me? Não sei, apenas sei que não me foi possível regredir no tempo, esclarecer todas as duvidas, parar aquela imagem e olhar-te fixamente, descrever círculos em volta de ti sem te tocar, afinal o teu olhar sempre foi fugidio.
Não, nunca me senti tão observador, olhos de predador que derrapinamente fixam pequenos pontos no xadrez do chão...
Não tive escolha, a minha dependência naquele momento fez com que fosse levado, tornei-me num esboço subtil das minhas convicções.... bem sei... e já me tens dito que assim não vou a lado nenhum... Mas deixa-me ser feliz apenas naquele momento,
deixa-me agora trespassar esta folha branca de palavras que o acaso vai escolhendo, ficar siderado de espanto...
Nada tem o sabor de te ter por perto, sentir o calor gélido que emanas em ondas de ternura, por vezes precipito-me na teia que foste tecendo em volta de mim, outras vezes fugo dela, a minha memória não se acumula em camadas com contornos perceptíveis, as minhas memórias travam batalhas épicas entre elas, vão-se auto-destruindo, desvanecendo-se no tempo....
Tira-me tudo, tira-me a derme, a epiderme, mas não me tires a sede de tristeza que me alimenta, eu ensino-te a inspirar tu ensinas-me a expirar pausadamente... juntos inventamos o respirar e assim ligados umbilicalmente existimos juntos perenemente no tempo....